FORMAS FEITAS DE NEVOEIRO VIVO
SAMUEL ORNELAS . ANA TORRIE
SARA BARROS LEITÃO . ANGÉLICA SALVI
SAMUEL ORNELAS . ANA TORRIE
SARA BARROS LEITÃO . ANGÉLICA SALVI
Lavradores de certo vulto a gravar o pulsar do nosso tempo — uma suspensão de realidade na forma de nevoeiro vivo. Uma manifestação artística sobre a imagem, a palavra e o som do presente e do/para o futuro.
A Exposição
Inauguração
Dia 10 de agosto de 2024, às 17h00, no Museu do Côa.
Performance de abertura
Dia 10 de agosto de 2024, às 18h30.
Obras em exposição
De 10 de agosto a 10 de novembro de 2024.
Conversa com os Artistas
Dia 10 de novembro de 2024, às 16h00.
FORMAS FEITAS DE NEVOEIRO VIVO é um projeto de artes visuais alicerçado na gravura contemporânea. O seu conteúdo contempla uma exposição pensada para as salas de exposições temporárias do Museu do Côa, promovendo uma intervenção/ligação com o próprio espaço arquitetónico interior e a paisagem exterior, a partir de obras escultóricas e instalações xilográficas (matrizes em madeira e suas impressões/estampas) de grandes dimensões criadas pelos artistas gravuristas Samuel Ornelas e Ana Torrie, vinculadas a uma obra/percurso sonoro (sonoplastia) em co-criação com a compositora e harpista Angélica Salvi e a atriz e encenadora Sara Barros Leitão, somadas a uma performance ao vivo no dia da abertura e uma conversa aberta ao público com todos os artistas do projeto no dia do encerramento.
Nota dos Artistas
Herdamos o existir num jogo de coloridas manchas e gravações sobre rochas, aparições, as mais variadas imagens das nossas enraizadas passagens. É como se essas imagens já nos pertencessem, ou, aguardavam nossa espera para que se tornassem luz novamente. São imagens que vão surgindo e sendo atribuídas de significados ao decorrer da nossa imersão temporal. Elas nunca deixam de revelar. É interessante notar neste revelar a potencialidade para serem “descobertas” diante da luz e da escuridão, onde a luminosidade por vezes esconde, e a escuridão por vezes revela – a nossa existência. Essas projeções construídas por linhas que se atravessam entre si, talhadas sobre uma superfície revela, também, a localização dos nossos sonhos. Essas ordenações da natureza, talvez, sejam, o que nos levou a este encontro. Distante de uma abordagem apenas visual, comum, presumimos que as gravuras/obras que nasceram nesta proposta/projeto intencionam a intersecção de expressões artísticas na simbiose das vontades e vozes de um passado e de um futuro premeditados, que nos entrelaça numa “cápsula do tempo”, presente, agora!
A Obra Sonora
FORMAS FEITAS DE NEVOEIRO VIVO
A obra sonora da autoria de Angélica Salvi, harpista e compositora, e Sara Barros Leitão, autora e atriz, estabelece uma ligação conceptual entre a exposição FORMAS FEITAS DE NEVOEIRO VIVO e o percurso pedonal entre a cidade de Vila Nova de Foz Côa e o Museu do Côa. A obra tem a duração correspondente a este caminho e encontra-se disponível em suporte digital aqui no site do projeto, de acesso aberto ao público. Pode também ser acedida através de um Código QR na sala da exposição dentro do museu e nos pontos de partida (Fonte Nova) e de chegada (Miradouro do Museu do Côa junto à Oliveira) do trajeto proposto [Google Maps].
Incentivamos o público a caminhar desde o centro da cidade até ao museu, numa experiência imersiva acompanhada pela sonoplastia preparada pelas autoras. Aconselhamos a utilização de auscultadores ligados ao telemóvel. Durante a inauguração da exposição temporária (10 de agosto), as artistas estarão a executar um excerto da obra.
Embora a peça se apresente como independente das restantes em exposição, foi concebida em diálogo com as mesmas. Com raízes nas ideias de caminhar e de paisagem, pretende-se criar uma ligação entre espaço, espectador/ouvinte e tempo. É um objeto artístico próprio e desmaterializado, podendo ser escutado em diferentes contextos e geografias. Deste modo, as inspirações deste lugar, do seu património e da natureza envolvente, podem ser experienciadas em qualquer parte do mundo, em qualquer altura. Desejamos que os pontos luz intermitentes do passado e do presente se mantenham e se alastrem, e que Foz Côa e sua herança cultural possam alcançar os seus descendentes.
Ficha Técnica
Criação
- Samuel Ornelas
Co-criação
- Ana Torrie
- Sara Barros Leitão
- Angélica Salvi
Assistência criativa
- Diogo Nogueira
- Marta Pinto Ribeiro
Produção
- Turbina Associação Cultural
- Júlio Moreira
Assistência de produção
- Samuel Ornelas
Obras em exposição
- Samuel Ornelas
- Ana Torrie
Obra sonora e performance de abertura
- Angélica Salvi
- Sara Barros Leitão
Gravação e Produção – Sonoplastia
- Alexandre Soares
Masterização – Sonoplastia
- Miguel Pinheiro Marques
Desenho de Luz
- Mariana Figueroa
Design
- André Cruz Studio
Site, vídeo e audiodescrição
- Yvens Giacomini
Instagram, tradução e revisão de textos
- Diogo Nogueira
Fotografia
- João Pádua
- Yvens Giacomini
- Júlio Moreira
Figurino
- Ana Torrie
- Lina de Albuquerque
- Samuel Ornelas
- Marta Pinto Ribeiro
Costura
- Lina de Albuquerque
Montagem
- Samuel Ornelas
- António Quaresma
- Ana Torrie
- Diogo Nogueira
- Júlio Moreira
- Yvens Giacomini
- Frederic Figueiredo
- Pedro Pinto
- Museu do Côa
Apoio
- DGArtes
- Fundação Côa Parque
- Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa
- Casa da Imagem – Fundação Manuel Leão
Realização
- Fundação Côa Parque
Colaboração
- Frederic Figueiredo
- Maria Amélia Azevedo
- Marta Pinto Ribeiro
- Atelier Guilhotina
Agradecimentos
- Téia Campos
- José António Tenente
- Joana Valdez-Tullett
- José Emídio
- Inês Azevedo
- Joana Mateus
- Dalila Correia
- Carlos Pinheiro e Clube de Desenho
- César Guedes
- Cristiana Bastos
- Maria Marcos
- Luís Silva
- Tomás Dias
- Adriana Oliveira
- Carla Pinto
- Aurora dos Campos
- Maria Pinheiro
- Kosmo Atelier
- Marco Pereira
- Teatro Palmilha Dentada
- Líquen Audiovisual
- Jorge Guerra e Paz